11 de junho de 2014

Bumba-Meu-Boi de Costa de Mão Brilho da Sociedade

"A região de Cururupu, que reúne uma grande quantidade de comunidades quilombolas, é representante de um singular sotaque de Bumba Boi maranhense, com instrumentação, coreografias, adereços e musicalidade extremamente particulares. O nome do sotaque vem da forma como são tocadas os pandeirões, Brilho da Sociedade é um dos mais conhecidos grupos deste sotaque, conduzindo há 56 anos pela belas toadas de Mestre Edmundo, tendo o casal Eliésio e Matilde como representantes do grupo em São Luis.
No Maranhão, o Bumba Boi é uma fenômeno sóciocultural de enorme proporções cujo auge do ciclo - o batizado do Boi - acontece no dia de São João Batista. Sincretizado com Xangô, o orixá do trovão, os festejo juninos tem São João como pagamento maior, e a ele são oferecidos como pagamento de promessas ou afirmação de devoção as brincadeiras de Bumba Boi maranhense. O ciclo é longo e altamente ritualizado: compreende o nascimento do Boi no sábado de aleluia, seu batizado em 24 de junho e sua morte em período que varia de agosto a dezembro". 
"O sotaque de Cururupu (Costa de Mão) tem uma história no mínimo curiosa. De acordo com seu Eliésio, do Boi Brilha da Sociedade, um dos grupos em atividades, a origem deste sotaque está ligada à vida dos negros que eram castigados pelos seus senhores. “Eles levavam bolachadas na palma das mãos. Às vezes palmatórias ou outros instrumentos de tortura eram utilizados como método pedagógico”, conta.
Mesmo com as mãos feridas os negros não deixavam de festejar a São João e para não perderem a festa tocavam os pandeiros com as costas das mãos. Além dos pandeiros, entre os instrumentos tocados pelos brincantes estão os Maracás de Metal e Tambores-Onça.
Ocasionalmente, outros instrumentos podem ser incorporados, como um Surdo ou Zabumba, para auxiliar a marcação, ou um pandeiro comum, de samba, quando não se dispõe do outro. Os pandeiros, que geralmente têm entre 30 e40 centímetros de diâmetro e entre 8 e12 centímetros de altura, são pendurados com uma correia em torno do pescoço e batidos com a costa de uma das mãos, enquanto a outra apóia o instrumento. O couro do boi, de início, era feito de um tecido grosso chamado azulão, sobre o qual se colavam enfeites de papel com cola de tapioca. Mais tarde veio o cetim e, finalmente, o veludo, bordado com paetês e lantejoulas e, depois, canutilhos".

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Bumba-Meu-Boi de Costa de Mão Brilho da Sociedade



Adaptação: Cassio Oliveria
Fonte: http://passeiourbano.com/2011/05/26/boi-sotaque-de-costa-de-mao-cururupu/

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